Evolução das lendas, Ryze O Arquimago rúnico.
"Não toque no pergaminho..."
Lillian potter
12/19/20244 min read
Ryze, o Arquimago Rúnico, é um dos campeões mais icônicos de League of Legends. Ele não apenas possui um papel fundamental na narrativa do jogo, mas também é conhecido por suas complexas mecânicas e pela constante evolução de suas habilidades e builds. Desde o lançamento do jogo em 2009, Ryze passou por diversas reformulações, tornando-se um dos campeões mais frequentemente reworks na história de League of Legends.
Neste artigo, exploraremos a evolução de Ryze, analisando como suas mecânicas e builds mudaram ao longo dos anos, e como essas transformações impactaram seu estilo de jogo e a comunidade de jogadores.
O Começo de Tudo: Ryze Clássico (2009-2010)
No lançamento inicial de League of Legends, Ryze era um mago simples, voltado para novos jogadores que queriam experimentar o poder bruto das habilidades baseadas em dano mágico. Sua mecânica girava em torno de spammar habilidades rapidamente, com pouco foco em combinações ou estratégias complexas.
Habilidades:
Sua habilidade mais icônica, Overload (Q), era uma ferramenta de dano direto.
Runa Prison (W) fornecia controle de grupo básico com enraizamento.
Spell Flux (E) funcionava como uma habilidade de dano em área que podia ricochetear entre inimigos.
Seu Ultimate (R), Desperate Power, era um buff que aumentava drasticamente o dano de suas habilidades por um curto período de tempo.
Na época, sua build era composta principalmente de itens de poder de habilidade (AP), como o Cajado do Vazio e o Capuz da Morte de Rabadon. Entretanto, Ryze tinha uma dependência notável em mana, tornando itens como o Cáliz da Harmonia também populares.
O Primeiro Grande Rework: Ryze "Tanque" (2010-2011)
Em 2010, Ryze foi submetido ao seu primeiro rework significativo. A Riot Games buscava aumentar sua complexidade e diferenciá-lo de outros magos do jogo.
Mudanças Principais:
Overload (Q): Agora escalava com mana máxima, em vez de apenas poder de habilidade.
Isso incentivou os jogadores a construírem itens de mana, como o Cetro de Cristal de Rod of Ages e a Lágrima da Deusa, que depois era transformada em Arco do Manamune ou Cajado do Arcanjo.
Sua combinação de habilidades permitia ciclos rápidos, tornando-o um mago de sustentada em vez de burst.
Esse rework levou ao surgimento do "Ryze tanque" — uma build que combinava itens de mana com itens de resistência, como o Coração Congelado. Essa abordagem o tornava incrivelmente difícil de eliminar em confrontos prolongados, enquanto ele mantinha um dano consistente.
O Rework de 2015: Um Novo Padrão para Ryze
Em 2015, a Riot decidiu reformular Ryze novamente, dessa vez para corrigir problemas de balanceamento. Antes do rework, Ryze frequentemente oscilava entre ser muito forte ou completamente irrelevante, especialmente em níveis competitivos.
Mudanças Mecânicas:
A passiva, Arcane Mastery, foi introduzida, permitindo que suas habilidades reduzissem o tempo de recarga das outras.
Overload (Q) tornou-se uma habilidade de projétil com maior foco em dano.
Sua combinação de W e E ganhou maior sinergia, permitindo setups mais elaborados.
Esse rework tornou Ryze mais dependente de "combos" para maximizar seu dano. A habilidade de manipular o cooldown de suas habilidades premiava jogadores habilidosos, mas também aumentava a curva de aprendizado do campeão.
Naquela época, a build mais comum incluía itens como:
Cajado do Arcanjo (transformado em Bastão de Seraphine)
Coração Congelado
Capuz da Morte de Rabadon
O Rework de 2016: A Introdução do Portal (R)
O rework de 2016 trouxe uma das mecânicas mais inovadoras e polarizadoras de Ryze: seu novo Ultimate, Realm Warp (R), que lhe permitia teleportar aliados e tropas para uma área escolhida.
Impacto do Realm Warp:
O Ultimate transformou Ryze em uma peça estratégica para equipes, permitindo rotações rápidas, fugas ou iniciações surpreendentes.
Apesar de não causar dano diretamente, a utilidade do Ultimate elevou seu valor em partidas competitivas.
Nesse período, Ryze se tornou uma escolha frequente em torneios profissionais, devido ao potencial de jogadas criativas que seu kit oferecia. Entretanto, para jogadores casuais, a curva de aprendizado do campeão tornou-se ainda mais íngreme.
Atualizações Recentes e Estado Atual
De 2017 em diante, Ryze passou por ajustes menores em vez de reworks completos. O objetivo da Riot foi equilibrar o campeão e torná-lo mais acessível, sem sacrificar sua complexidade.
Alterações Notáveis:
Dano base e escalas foram ajustados para torná-lo menos dependente de itens em fases iniciais.
Seu Ultimate foi aprimorado, reduzindo o tempo de recarga e aumentando a área de teleporte.
A build padrão de Ryze atualmente inclui:
Bastão de Seraphine: Essencial para mana e sobrevivência.
Morellonomicon ou Chama Sombria: Itens situacionais para aplicação de feridas dolorosas e penetração mágica.
Cronômetro de Zhonya: Para maior sobrevivência em lutas.
No metagame atual, Ryze continua sendo uma escolha de nicho, mais comum em mãos experientes e no cenário competitivo. Apesar de seu estilo de jogo ser complexo, ele oferece uma recompensa significativa para jogadores que dominam suas combinações e macrorotação.
Conclusão
A jornada de Ryze em League of Legends é um exemplo fascinante de como a Riot Games busca manter o jogo fresco e equilibrado. De suas raízes como um mago simples a um dos campeões mais técnicos do jogo, Ryze evoluiu significativamente em termos de mecânica e builds.
Essa evolução reflete não apenas os esforços da Riot para atender às demandas da comunidade, mas também a natureza dinâmica de League of Legends como um jogo em constante transformação. Ryze permanece como um campeão que desafia os jogadores a alcançarem novos patamares de habilidade, sendo ao mesmo tempo um desafio e uma recompensadora experiência de jogo.
Se você deseja dominar Ryze, esteja preparado para dedicar tempo aprendendo suas combinações e entendendo o impacto de suas decisões macro. Mas, uma vez que você conquistar isso, o poder do Arquimago Rúnico estará em suas mãos.