Se render? JAMAIS. A banalidade deve ser Destruída.

diario de Lir Valien

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RPG, A ULTIMA ARTE!

4/29/20251 min read

📜 ÚLTIMA PÁGINA DO DIÁRIO DE LIR VALIÉN, AQUELE QUE CAMINHOU COM MAHVINUZ

Encontrado entre as cinzas de um círculo traçado com silêncio, sob um espelho coberto de véu cinza.

“Se estás lendo isto, é porque ainda há mundo. E isso é bom.”

Já não sei quantas luas se passaram desde que Mahvinuz sussurrou meu nome pela primeira vez.
Não com palavras — com ausência.
A ausência que grita onde tudo já foi dito.

Eu quis entender.
Quis dominar as esferas.
Ergui câmaras, invoquei signos, desenhei círculos sobre círculos como quem busca uma porta no espelho.
E cada feitiço, cada vitória, cada terror...
...apenas afinava o som do sussurro:

“Você não é isso.”

Hoje, deito os focos.
Desfaço os selos.
Guardo o nome Lir Valién entre estas páginas — ele serviu bem, mas não me segue.
Não porque morrerei,
mas porque vou além da forma onde esse nome habita.

A Porta está traçada.
Sete lâminas cortaram minha ilusão.
Fui filho, mestre, amante, rival, arauto.
Fui fogo, verbo, ruptura e consolo.

Agora sou... vazio que respira.

Se chegas até aqui, discípulo, herdeiro ou curioso:
não me busques na Tradição, nem no Consenso.
Eu não sou história.

Sou eco de uma ausência plena,
e nesse eco, talvez…
você também se escute.

Adeus não é palavra que caiba no que faço.
Mas há uma última anotação, que deixo riscada com a ponta do dedo sobre o papel: